“Quanto a você, siga-me!” (João 21.22b)
Jesus quer que o sigamos de forma pessoal, por amor e convicção. Mas existe ainda uma outra forma de seguir alguém, que podemos ver na vida de Ló. Gênesis 12.4 conta: “Partiu, pois, Abrão, como o Senhor lhe havia ordenado. E Ló foi com ele”.
Muitos assim chamados “cristãos” correm dessa forma, acompanhando o rebanho, ou seguem Jesus à distância, como Pedro. É o que a história a seguir ilustra.
Até poucos anos atrás, os frequentadores de uma igreja na Dinamarca tinham um costume: cada um que chegava à porta da igreja fazia uma reverência, curvando-se para a esquerda. Chegou então um pároco novo. Ele viu aquilo e quis saber o motivo para esse gesto. Perguntou aos mais jovens – eles não sabiam. Só tinham visto os mais velhos procedendo assim. Ele perguntou então aos mais idosos – nunca tinham pensado sobre isso. Sabiam apenas que sempre tinha sido assim e provavelmente era necessário continuar agindo da mesma forma. Todos se curvavam, e ninguém sabia por quê. Alguns anos depois, a igreja passou por uma reforma. E então o enigma foi resolvido. Ao arrancar o revestimento de gesso à esquerda da porta da igreja, descobriu-se ali um afresco antigo, mas ainda bem conservado, que retratava a Virgem Maria com o bebê Jesus. Estava explicado! Antigamente, as pessoas curvavam-se diante do quadro; mais tarde, alguém o cobriu com gesso e ele foi esquecido. Mas a reverência continuava sendo prestada, embora por fim ninguém mais soubesse o motivo.
Infelizmente parece inegável que o cristianismo de muitas pessoas segue o mesmo padrão, não é? A pessoa curva-se em oração, mas não sabe direito por quê. Só imita o que outros fazem. Canta o que outros cantam; ora o que outros oram; crê o que outros creem, sem estar convencido do que faz e da verdade daquilo que alega crer.
Mas Jesus deseja compromisso pessoal de cada seguidor, pois ele conhece cada um de nós por nome. Em João 10.3 lemos: “… ele chama as suas próprias ovelhas pelo nome e as conduz para fora”.
“Quanto a você, siga-me!” Este é o chamado de Jesus também para hoje, e também especificamente para você. O Senhor quer que sigamos somente a ele, não permitindo que pessoas ou circunstâncias nos dirijam. Quem segue a Jesus dessa forma não viverá amarrado pelo pecado ou na escuridão, mas andará na luz, que traz alegria e felicidade.
Autor
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Ernesto Kraft é alemão; casado com Elvira, com quem tem três filhos. Ele e sua esposa são missionários desde 1975 e desenvolvem um ministério específico de evangelização através de folhetos e cursos bíblicos por correspondência. Realizou diversos seminários sobre Escatologia em igrejas de São Paulo, e representa a Chamada da Meia-Noite distribuindo a literatura em São Paulo.